quarta-feira, 12 de maio de 2010

PÉROLA PACÍFICO – UMA JÓIA DE ALTO PREÇO



Há pessoas que nascem para servir de adorno e ornar com o exemplo e testemunho de toda uma trajetória de vida. São pérolas brilhantes cujos rastros iluminam ambientes e vidas, porque ricas em dons irradiam os fulgurantes raios de uma profícua, benéfica e benfazeja influência.
Irmã Perola Pacífico da Costa - A nossa inesquecível Perolinha - que desde a manhã desta quarta-feira dorme com o Senhor, é uma dessas adoráveis criaturas. Dela se pode dizer o mesmo que o texto sagrado registra a respeito da profetisa Ana em Lc 2.36-38. E creio que até mais, pois esta amada serva de Deus, a par de tantas outras qualidades marcantes que lhe enobreciam o caráter, pautou a sua presença entre nós com a fibra dos heróis cristãos, a tenacidade dos fortes em Cristo e a integridade dos fiéis aos mais salutares princípios da verdade evangélica, aos quais defendia e divulgava com coragem e firmeza.
Nascida e criada nos meios assembleianos, ao longo da existência, foi testemunha ocular de memoráveis acontecimentos que marcaram a história do Movimento Pentecostal Brasileiro, aqui implantado pelos pioneiros pentecostais, chegados em 1910 à capital paraense, onde deram origem à Assembleia de Deus.
Verdadeiro ‘arquivo vivo’, relatava muitos desses eventos com saudosa alegria, relembrando com traços vívidos, venerandas figuras que ajudaram a construir e marcaram significativamente a vida desta Igreja Evangélica ao longo de seu quase centenário labor em solo pátrio.
Com uma vida dedicada à Obra do Mestre, cooperava, apesar das limitações impostas pela doença e pelo avançar dos anos, nas mais diversas áreas do serviço cristão, orando, ensinando, pregando, visitando, fortalecendo o ânimo de irmãos na fé ou exercitando a beneficência em favor dos santos.
Descansando nos braços eternos, esta Pérola de alto preço, desde já aguarda o alvorecer da ressurreição dos justos, quando enfim “...estaremos para sempre com o Senhor”, 1 Ts 4.16-18.
‘Consolemo-nos, pois, uns aos outros com estas palavras’.



Maria Lúcia Fonseca

terça-feira, 11 de maio de 2010

MÃES CONSAGRADAS

Festeja-se mais um Dia das Mães. O comércio, visando o lucro, abusa da propaganda, ativadora do consumismo tão característico destes tempos de modernidade e que invade até mesmo os arraiais cristãos. Há, assim, muita divulgação do evento, mas pouca reflexão em torno. Mesmo porque os valores espirituais e morais, quais muros, ruíram ante a crescente onda de indiferentismo e frouxidão moral tão próprios desta decadente época, em que os laços familiares esgarçam-se e muitas das vezes desaparecem ofuscados pela desafeição e insensibilidade, 2 Tm 3.1-4.

Entretanto, desviando os olhos desse modelo midiático, há que se buscar, todavia, porque ainda existem maneiras de se sobrepor a tudo isso.

As santas mulheres ainda podem ser encontradas, e entre estas, mães que se modelam seguindo preceitos santos e saudáveis, tendo, portanto, competência para edificar lares com alicerces estáveis e firmes (Pv. 14.1), porque bebem na fonte cristalina da Palavra de Deus.

No Livro de Deus, aprendem que, para fazer frente a um mundo tão caótico como este nosso, precisam ser esteios firmes em que os filhos se apóiem. E isso, só seguindo os passos ensinados por Deus em Maria:

1. Quedar - se aos pés de Jesus para aprender (Lc 10.38-42). O momento presente nos envolve de tal modo, são tantos os apelos que nos assediam: a preocupação com a carreira, com o sucesso, com o corpo, com os prazeres, nos ocupam todo o tempo, nada resta para Deus, para o espiritual. Envolvidos nesse turbilhão, esquecemos que “pouco é necessário” porque priorizamos, muitas vezes, as necessidades temporais. Gastar certo tempo aos pés do Senhor orando, lendo, estudando ou meditando na Palavra, ouvindo Sua voz nunca é demais.

2. Quedar - se aos pés de Jesus para chorar (Jo 11.32). Mães que procuram os pés de Jesus para chorar em oração, encontram consolo e vitória. Este é o melhor lugar que devemos procurar para buscar reforço nas lidas do dia a dia. São os filhos, o esposo, os problemas. Nos pés do Salvador encontramos suprimento. Vemos que ao ver Maria chorando a perda do ente querido o Senhor não ficou indiferente. Jesus chora conosco, se envolve, é sensível aos apelos da mãe que roga pelos filhos e familiares.

3. Quedar - se aos pés de Jesus para agradecer (Jo 12.3). Mães que fazem a diferença nesta geração são mulheres que procuram os pés de Jesus em gratidão, são aquelas que dão o melhor de si para Deus, que priorizam a comunhão com o Eterno mesmo diante das críticas, da zombaria de uma sociedade superficial e infiel.

Que neste Dia especial, haja espaço nos lares e igrejas, não apenas para comemorações vazias, mas para a gratidão a Deus por esta que nos deu o ser – NOSSA MÃE.


Maria Lúcia Fonseca