sexta-feira, 12 de março de 2010

Mulheres em Busca da Excelência (Artigo publicado no Jornal O Liberal)

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Uma conhecida canção brasileira, de autoria de Ataulfo Alves e Mário Lago, trata da comparação que certo homem faz entre duas mulheres, cujo pilar principal era a forma com que cada uma encarava a vida. De título “Ai, que saudades da Amélia”, a canção preconiza a atitude passiva dessa mulher que enfureceu por décadas a vida das feministas de plantão.
A outra mulher é gastadora, “só pensa em luxo e riqueza”, ao passo que Amélia “não tinha a menor vaidade”, sendo, portanto, uma “mulher de verdade”. Já que a canção nasceu de uma necessidade de comparação, tomemos objetivamente o que as mulheres da Assembleia de Deus têm proposto como tema para o Congresso de Mulheres e comparemos com essa canção. Com certeza, Amélia não tem a menor chance.
As mulheres assembleianas escolheram o tema: “Mulheres em Busca da Excelência”, movidas por uma razão bem simples: Não há base para servir a Deus em um mundo caótico sem o compromisso da excelência de vida que glorifique o nome do Senhor. Isso não admite nenhuma opção de sustentação de passividade diante da vida.
Uma olhada de soslaio na transformação acelerada pela qual tem passado a sociedade, já serviria para mostrar que a “Era de Amélia” há muito agoniza em seu passivismo. E se o olhar busca na Palavra de Deus o apoio para a vida de “uma mulher de verdade”, basta uma parada no último capítulo do livro de Provérbios. Ali, sim, está a descrição de uma mulher que pautava a sua vida pela excelência, não pela passividade irresponsável de celebrar o desleixe e a miséria como opções de vida.
Essa mulher excelente não confunde humildade com pobreza, como Amélia, nem tampouco acha, como a outra, que vaidade seja uma questão da opulência exterior de um coração vazio. Ao contrário, ao vestir-se “de linho fino e de púrpura” satisfaz a vaidade que toda mulher tem, mas sabe principalmente que as suas verdadeiras “vestes” não são exteriores, mas “a força e a dignidade” de um coração que busca a excelência na vida.
Amélia não tem nenhuma chance. Nem a outra mulher. Enquanto a “louvada” Amélia “às vezes passava fome” ao lado do marido pobre porque era boêmio e irresponsável, chegando ao disparate de achar “bonito não ter o que comer”, a mulher descrita em Provérbios, ao contrário, faz o seguinte: prepara a comida para todos antes de clarear o dia, entrega-se ao trabalho com uma vontade plena de compromisso com o bem estar da sua família, fala com sabedoria e ensina com amor aos seus filhos.
Isso não basta? Ela trabalha arduamente para “o bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça”. Ela não deixa que as adversidades da vida lhe surpreendam, mas se antecipa no planejamento de prover a sua casa com investimentos que garantam estabilidade aos servos e tranquilidade ao marido e aos filhos.
O resultado é óbvio, ela recebe louvação: “Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas”.
Ela também não tem medo de envelhecer, pois sabe que “enganosa é a graça, e vã, a formosura”. E, sobretudo, entende que a mulher que finalmente será louvada na vida é “a mulher que teme ao Senhor”, não a que coisifica a vida em gastos supérfluos, ou a que teima em fazer parte da socialização da pobreza de um marido vil e preguiçoso.
A mulher descrita na Bíblia, juntamente com as mulheres assembleianas, deixam Amélia e a outra mulher comendo poeira nas estradas da vida. Mas o que desejam mesmo é que todas as que são “Amélias”, e as que não são, conheçam Jesus e descubram a graça de se tornarem mulheres de verdade.
Eu gostaria de ressaltar que conheço uma “mulher de verdade”, pois convivo com ela há mais de um quarto de século e sei, em verdade, que ela merece essa distinção. Rebekah, minha querida esposa, acabou de fazer 50 anos, e eu só revelo isso porque ela não teme envelhecer ao meu lado. O meu amor por ela cresce e se adapta à medida que nós dois caminhamos na vida.
Agora que estamos marchando juntos “rumo ao Centenário”, literalmente, declaro para que todos saibam: “Rebekah é uma mulher de verdade!”

E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

Felicitações Dia da Mulher

Pela passagem do Dia Internacionala da Mulher,
enviou-lhe os meus sinceros cumprimentos como
reconhecimento da extraordinária contribuição feminina
em todos os setores produtivos da sociedade moderna,
inclusive na obra de Deus. Continue na luta pela paz, e
nunca se canse de fazer o bem, pois quem semeia
certamente colherá os seus frutos!

Sinceramente

Manoel Castro

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Deus viu que o homem não era apenas só, era solitário
Imaginou, então, como seria a companhia ideal
A sua sabedoria trabalhou nas entranhas do seu ser

Imitando a única coisa que lhe dava eterno prazer
Notadamente a comunhão com o Filho e o Espírito
Tanto que não pegou outra vez do barro
E não pensou duas vezes, pois só tinha uma opção
Retirar de Adão um pedaço de si mesmo
No intuito de formar algo que depois se fundisse
Acabando por ser de novo uma só carne
Com a singela “imitação” da comunhão espiritual
Imitação terrena do que é celestial e eterno
Onde não se sabe o começo, ou o meio, nem o fim
Nem se cogita o andar só, mas o ser e estar afim
Algo que os céus escolheram para brindar a terra
Ligando indissolúvel o que num corpo encerra

Da costela, não do pé; do lado, não de cima
Ao lado do coração, para juntos pulsarem em sina

Mudando sempre, embora as mesmas sementes
Unindo firme e ternamente, mas interdependentes
Livres para viver e plenamente se expressar
Hoje e sempre, todo dia e sem cessar
Este é o mistério que Deus teve de escolher
Regalando a terra com a poesia de ser Mulher


Pr. Benjamin Ângelo de Souza

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