quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MISSÃO COM MULHERES TRABALHANDO EM PROL DO CENTENÁRIO:



- BAZAR. Quando vi o Pastor Samuel Câmara engraxando sapatos eu até chorei e refleti sobre qual a lição que ele queria nos dar. É a de que cada um pode fazer alguma coisa. Desse modo, estamos fazendo vendas num bazar. ● Iza Helena Pires, Bairro da Terra Firme ●


- TRABALHO ARTESANAL. Quando o Pastor Samuel Câmara lançou os desafios do Centenário, senti um grande desejo de contribuir de alguma forma. Eu já estava contribuindo com oração e participação no Batismo em águas, mas só isso não bastava. Propus, então, em meu coração ajudar e pedi a Deus uma ideia que pudesse gerar renda. Então, o Senhor me deu a habilidade dos trabalhos manuais, e comecei a produzir marcadores de bíblias artesanalmente usando pedras decorativas, assim como chaveiros e outros objetos para presente e uso pessoal. A renda proveniente de todo esse material eu dediquei para ajudar a cumprir os desafios do Centenário. ● Doraci Prata, Bairro de Nazaré ●

COMO VENCER A NATUREZA PECAMINOSA – 2ª PARTE

“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o vosso vaso em santificação e honra, não com o desejo de lasciva, como os gentios que não conhecem a Deus, (1 Ts 4. 3-5).
Jesus nos libertou do poder do pecado quando morreu na cruz. Quando o recebemos como Senhor, Salvador e Mestre essa libertação torna-se disponível para nós.
O caminho para a vitória sobre a verdade em nossa vida tem na verdade dois aspectos. O primeiro e mais importante meio de alcançar a vitória é através da operação do Espírito Santo em nossa vida. O segundo aspecto é mencionado em Romanos 8.5; “Porque os se inclinam para a carne cogitam das cousas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das cousas do Espírito.”
Quanto mais tempo estivermos, dia a dia, lendo a Bíblia, pensando na Palavra de Deus (que é a Bíblia), e pensando em Deus, mais vitória teremos sobre nossa natureza pecaminosa. Quanto mais saturarmos toda a nossa vida e a nossa mente com as Escrituras, mais poder teremos para viver em obediência a elas, colocando assim o pecado fora da nossa vida. Paulo teve uma luta com a sua natureza pecaminosa por toda sua vida “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo a escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.”(1 Co 9.27).
Nós não podemos ter vitória sobre o pecado em nossa vida a menos que disciplinemos a nossa mente e façamos cativo cada pensamento, para fazê-los obedientes a vontade de Cristo.
Assumir o controle da nossa mente é realmente um ponto “chave” para ter vitória sobre o pecado. Este é o significado daquela passagem em Romanos 8.5; “ Porque os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito”. Quanto mais estivermos com a nossa mente nas coisas de Deus menos pecaremos.
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...”(Rm 12.2).
“Destruindo o conselho e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento a obediência de Cristo.”(2 Co 10.5).
É somente com a ajuda do Espírito Santo que nós podemos vencer a nossa natureza pecaminosa e parar de pecar. - Há duas partes na solução do problema de como controlar a nossa natureza pecaminosa? Controlar os nossos pensamentos e saturar nossa mente com Palavra de Deus é a primeira parte; e o poder do Espírito santo que habita em nós é a segunda. Temos de fazer as duas coisas. Sem o poder do Espírito Santo somos incapazes de lutar com o pecado e de deter o pecado em nossa vida. Somente o poder do Espírito Santo nos capacita para a vitória.
Veja João 16.7, Quando Jesus estava aqui na terra, em forma física seus discípulos o seguiram fielmente e Jesus ministrou
a cada um deles diariamente. Mas eles caíam várias vezes. Por que? Porque, não importa quão fiéis ou diligentes eles fossem, eles não tinham, dentro de si mesmo poder sobre sua natureza pecaminosa. Assim, apesar de estarem na presença do próprio Deus, eles caíam em falta de fé e em pecado, repetidas vezes! Quando Jesus não estava mais na terra em forma corpórea, Ele enviou o Espírito Santo para operar em seus discípulos, a partir do seu interior. Jesus tornou isso possível pagando o preço por nossos pecados na cruz. Quando somos purificados de nossos pecados, então o próprio Deus, na forma do Espírito Santo, pode entrar em nós e trazer o poder de que necessitamos para vencer o pecado!
Se você nunca se pôs de joelhos e pediu ao Pai para enchê-lo completamente com o seu Espírito Santo, para dar-lhe poder para deixar de pecar, você precisa fazer isso. Mas trata-se de uma rua de mão dupla. Quanto mais você saturar sua mente com a Palavra de Deus, e puser o pecado fora de sua vida, mais liberdade o Espírito Santo terá de operar em sua vida com poder. Não pense de que tudo o que você precisa é do Espírito Santo, e que não precisa fazer nada por si mesma, Tiago resume tudo isso de forma bem simples(Tg 1.21-25; 2.17-10).

As pessoas, em sua maioria, têm o que se chama “complexo de inferioridade”. São pessoas reagindo por terem sofrido rejeição no passado, a pessoa só pensa em si mesma isso é o pecado do egocentrismo e é preciso ser confessado como pecado. É hora de pararmos de pensar em nós mesmos e tornarmo-nos servos que devemos ser do nosso Rei. Alguém o feriu? Então diante de Deus você tem que perdoá-lo. Você sabe o que significa perdoar?
“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. Não julgueis e não sereis julgados; Não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados” (Lc 6.36-37)
“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual foste selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 4.30-32)
Se nós recusarmos a perdoar aqueles que nos feriram, entristeceremos o Espírito Santo, e assim Ele não poderá atuar em nossas vidas.
Há quatro passos básicos nesta questão de perdoar alguém que o feriu.
1. Nós não perdoamos porque nos sentimos dispostos a perdoar. Perdoamos como um puro ato da nossa vontade, em obediência aos mandamentos de Deus.
2. Quando perdoamos alguém, reconhecemos que não temos mais nenhum direito de vingarmo-nos daquela pessoa. “ Porque bem conhecemos aquele que disse: ‘Minha e a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.’ E outra vez: ‘O Senhor julgará o seu povo. ’horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb 10.30-31)
“Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam”.(Lc 6.28).
3. Quando perdoamos alguém, devemos fazê-lo seguindo o exemplo de Deus, uma vez que tenhamos perdoado alguém, não temos mais nenhum direito de permitir que permaneçam em nossa mente as lembranças e os pensamentos quanto ao que tal pessoa fez para nos ferir. Temos de disciplinar a nossa mente e parar de pensar em nós mesmos! “Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.” (Hebreus 8.12).
4. Uma vez que tenhamos dado estes passos em obediência a Deus, podemos pedir ao Pai que controle e mude as emoções que estivermos sentindo. Nós seres humanos podemos fazer muito pouco para controlar ou mudar as nossas emoções. Mas o Senhor pode e irá fazê-lo, a medida em que obedeçamos e perdoemos aqueles que nos feriram.
Muitas vezes os cristãos evitam toda essa questão do perdão reprimindo suas emoções. Sabemos que não devemos ficar com ressentimento nem irado quando alguém faz algo contra nós. É muito mais fácil lançar as emoções inaceitáveis para fora da nossa mente consciente em vez de enfrentarmos o necessário perdão ou a confrontação de toda a situação.
Quando perdoamos alguém, devemos também falar sinceramente com o Senhor, reconhecendo e admitindo nossas verdadeiras emoções na situação. Quando fazemos isso temos então o direito de pedir ao Senhor que cure e modifique as nossas emoções. Ele o fará, na medida em que andarmos em obediência a Ele.
Não devemos viver a vida reagindo as feridas do passado. Deus exige que você perdoe, que esqueça, e que pare de pensar em si mesmo e sobre o quanto você foi ferido, se você não fizer isso, você estará vivendo ativamente em pecado!
Por fim, todos devemos chegar a uma maturidade em Cristo, onde faremos com que Tiago 4:17 se torne uma realidade em nossa vida. “Portanto aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” ( Tg 4.17). Não fazer o que é certo é pecado. Temos de abandonar todas infantilidades. Encaremos nossas responsabilidades e compromissos e os cumpramos em retidão diante de Deus. Lutemos esta luta contra nossa natureza pecaminosa e vençamos. Este é o caminho para uma vida abundante em Jesus Cristo, nosso Senhor.

Oséias 10:l2 – “ Semeai para vós outros em justiça, ceifai segundo a misericórdia; arai o campo de pouso; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que ele venha, e chova a justiça sobre vós.”
1 João 1:8-9 – “ Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
1 João 2.1 “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se , todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo o Justo”
Você sente um distanciamento em seu relacionamento com o Senhor? Você
~E sente que não está onde deveria estar,com Ele? Você tem dificuldade em orar? Se você está nessa condição, faça um exame cuidadoso em oração em sua vida é provável que haja pecado em sua vida que você precisa confessar. Não permita que o pecado mão confessado se acumule em sua vida. Nada destrói mais rapidamente o seu relacionamento com o Senhor do que o pecado não confessado.
PECADOS POR AÇÃO
Posses materiais: Qual é a sua atitude em relação as suas posses materiais?Você as antepõe a Deus e a outros? Você pensa que pode fazer com elas o que quer, Você está disposto a perder tudo pelo Senhor? Se não está você precisa confessar isso como pecado.
Orgulho: Quantas vezes você tem sido vaidoso quanto a sua aparência? Quantas vezes você tem se magoado, porque outros não lhe dão atenção, nem o cumprimentam, nem agradecem por algo que você fez? Quantas vezes você olha para os outros de cima como se fossem inferiores a você? Isto é pecado.
Inveja: Quantas vezes você tem tido inveja de outros, de sua aparência de suas posses, ou mesmo de suas posições dentro do corpo de Cristo? Quantas vezes você tem comentado ou se apoiado em falhas de outros para fazer com que você mesmo se pareça melhor . Isto precisa ser confessado.
Crítica. Ser crítico com relação aos outros permite que cresça em você uma raiz de amargura e depois, de ódio. Amargura e o ódio o destruirão. O coração é muito enganoso. Uma boa maneira de medir a amargura é esta: Quão facilmente as outras pessoas o tornam irado? Quão facilmente você teme pensamentos de ira a alguém? A ira muito freqüente é um sintoma de amargura.
Difamação: Você alguma vez já passou adiante uma fofoca? O Senhor odeia calúnia e fofocas! Quantas vezes você já falou pelas costas de Alguém, desnecessariamente. Quantas vezes você já presumiu que sabia o que ia no cação de alguém? Somente Deus conhece o coração. Se você passar adiante uma informação e for realmente uma difamação, você está pecando. Você é, de fato, culpado de derramar sangue inocente – o que equivale a um assassinato.
Mentira: Mentir é enganar deliberadamente. Examine a sua vida diária. Com que freqüência você mente, apresentando o fato como “apenas uma mentira inocente”? Com que freqüência você exagera? Todas as mentiras são pecado.
Trapacear: você já passou pelo caixa em um mercado e não disse nada quando o caixa por engano lhe cobrou menos do que você devia? Se sim você trapaceou. Trapacear é qualquer ocasião em que você faz a alguém algo não gostaria que tivessem feito com você.
Hipocrisia, Quantas vezes você confessou pecados que realmente não tinha a intenção de abandonar? Quantas vezes você fingiu ser alguém que você não era?
Roubar a Deus: Relacione todas as vezes em que Deus quis que você ajudasse alguém , ou que compartilhasse o evangelho com alguém e você não o fez. Você tem tempo para assistir TV mas você não para um tempo a sós com Deus todo dia?
Mau gênio: As Escrituras dizem-nos: “irai-vos e não pequeis” (Ef 4.26). Nós, como cristãos, devemos disciplinar-nos. Se tivermos mal gênio estão estaremos pecando. Podemos escolher não nos ofender com o que a outra pessoa faz.
Impedir que outros sejam úteis: Você já debilitou alguém criticando-o, de forma que ele fique receoso de avançar e atuar como Deus quer? Você é um queixoso? Você gasta o tempo de outras pessoas queixando-se de seus problemas?Você está disperdiçando o tempo de seu pastor exigindo intermináveis sessões de aconselhamento com ele. Tudo isso é pecado.
Rebelião: Quão freqüentemente você tem se recusado a obedecer a alguém que tem autoridade sobre você? Quão freqüentemente você tem lido a Palavra de Deus sem nenhuma intenção de obedecer o que descobre nela? Quão freqüentemente você tem tomado conhecimento de algo que deveria ter feito mas que não fez Quão freqüentemente o Senhor tem dito a você para fazer algo e você não fez? Lembre-se, Deus leva a rebelião muito a sério.((1 Sm 15.23); (Pv 6. 16-19); (Ap 21. 7-8).
PECADOS DE OMISSÃO
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz nisso está pecando.”(Tg 4.17)
Ingratidão: Quantas vezes Deus o ajudou e você nunca agradeceu a Ele? As roupas em seu corpo, a comida em sua mesa, sua , sua família, seu emprego, tudo lhe é dado pelo Senhor. Você come sem antes agradecer a Deus sinceramente por sua provisão a você? Se sim, você está pecando.
Falta de amor a Deus: Se você ama alguém ,você conversa com ele. Voce tem negligenciado amar a Deus? Isto é pecado.
Negligência para com a Bíblia: Relacione as vezes em que por dias , ou até mesmo semanas e meses, você menosprezou a Palavra de Deus. Nos temos de ler a Bíblia com a disposição de que vamos obedecer imediatamente cada mandamento que encontramos.
Negligência na oração: Quantas vezes você tem deixado de ter momentos de oração pessoal ou familiar? Nós ofendemos grandemente a Deus, não orando.
Negligência nos meios de receber a graça de Deus: somos conclamados a ter comunhão uns com os outros. Se você não tem feito isso você tem pecado.
Falta de amor pela alma do próximo: é sua responsabilidade compartilhar as boas novas de Jesus Cristo com cada um ao seu redor. Quantas pessoas você conhece e com quem se relaciona, com as quais você ainda não compartilhou o evangelho? Isso é pecado.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PERFIL DE UM VERDADEIRO PAI

Quando se começou a comemorar o Dia dos Pais no mundo, a intenção era de homenagear um cristão devotado, que criara sozinho, uma prole de seis filhos, uma vez que a esposa falecera com o nascimento do último. De lá para cá, muita coisa se modificou. O comércio passou a ver no evento, um chamariz para atiçar as vendas e ganhar dinheiro com a compra de presentes para os filhos agradarem os pais, contando com a força da mídia e sua propaganda maciça. Nada parecido com a primeira comemoração.
Hoje vivemos trabalhosos dias, em que os papéis se inverteram e valores tão caros e consagrados no ambiente famíliar, como respeito, integridade, união, amor e compromisso são considerados “caretas” e dão lugar a outros, como desafeição, desobediência aos pais, ingratidão, egoísmo, arrogância, para ficar só nesses (2Tm 3.1-4).
Contudo, temos na Bíblia, orientações que apontam para um resgate do verdadeiro papel dos pais na atualidade. São princípios imutáveis, emanados da mente daquele que idealizou e criou a família - O Deus Todo Poderoso - os quais, portanto, na sua aplicabilidade e eficácia, são tão atuais, urgentes e necessários como no princípio.
Vemos que, mais tarde, o Senhor ampliou por meio de Paulo, o mandamento que dera a Moisés em Dt. 5. 16 quanto ao papel dos filhos em relação aos pais, complementando - o com uma recomendação direta aos pais, em Ef 6.1-4, quando adiciona, enfaticamente: ”E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor”.
Nestes tempos de modernidade, Deus, em quem não há mudança nem sombra de variação, sabe que os filhos precisam, urgentemente, não de pais heróis, mas de pais como Jó, que orava pelos filhos, se preocupava com eles, envolvia-se com os tais, apesar de ser ele, “o maior do Oriente” no seu tempo (Jó 1.1-5). Vemos que este piedoso homem de Deus era um exemplo de integridade e retidão moral e espiritual. Apesar de ocupadíssimo, era um pai presente, que dava atenção e dialogava com os filhos, pois “chamava-os” à ordem quando necessário, mostrando-lhes com autoridade, como agir (v. 5). E não ficava só na verbalização, mas dava-lhes o exemplo da coerência ética, pois “levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos” ao Senhor em prol dos seus rebentos.
Vivemos uma época em que os pais não têm tempo para os filhos e para justificar alegam ter muita responsabilidade no trabalho, na empresa ou mesmo na Igreja. Aprendamos com Jó, que mesmo sendo riquíssimo em bens materiais, não descuidava dos seus e arranjava um tempo para estar com a família.
Que neste segundo domingo de agosto, os pais cristãos, despertados para a importância da responsabilidade que Deus lhes delegou, sejam capazes, como Jó, de incansavelmente dizer aos filhos - tendo estes a idade que tiverem -: “Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor”, Sl 34.11.


Maria Lúcia Fonseca

ADELAIDE CORRÊA LIMA – UMA VISITADORA PIONEIRA

É recomendação bíblica a de visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, como vemos em Tg. 1.27, tendo a igreja de Deus sempre procurado seguir esse princípio, por se constituir num dos pilares da verdadeira religião requerida por Jesus de seus fiéis.
Seguindo os passos apostólicos, a Assembleia de Deus, desde cedo procurou exercitar essa prática cristã, a partir de Belém, berço do Movimento Pentecostal no Brasil, inicialmente com missionários pioneiros, como Daniel Berg, Günnar Vingren, Samuel Nystron e Nels Nelson.
A expansão da Obra propiciou, entretanto, a que as irmãs fossem encarregadas dessa importante tarefa, que em 1926 já se encontrava bem estruturada, rendendo frutos preciosos e gloriosos, pois as servas do Senhor encarregadas desse mister trabalhavam sob o efeito da oração e do jejum.
ADELAIDE CORRÊA DE LIMA - uma dessas irmãs visitadoras - teve um encontro real com Cristo em 10 de julho de 1926, descendo às águas batismais a 05 de novembro e recebendo o batismo do alto em 24 de dezembro do mesmo ano. Falando certa feita da sua experiência de salvação, esta serva de Deus declarou ter nascido em lar não evangélico. Sendo extremamente religiosa, procurava praticar as verdades em que fora criada. Entretanto, carregava na alma uma sede, um vazio de Deus muito grande. Na busca pela verdade, acompanhava com interesse, desde 1910, com sete anos de idade, o que ouvia sobre a mensagem trazida pelos dois estrangeiros, mas não podia desobedecer ao pais. Certo dia, muitos anos depois, já adulta, não suportando mais a situação, pediu ao ‘Deus dos crentes’, que lhe mostrasse o verdadeiro caminho, pois ela queria entrar por ele. Uma noite teve um sonho. Nele via um templo de uma igreja evangélica e ouvia uma voz que lhe dizia: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, Jo. 14.6. Convicta de que ouvira orientação divina, “entregou - se a Jesus”, seguindo - O fielmente até o último dia de vida na terra.
Chamada para integrar o Corpo de Visitadoras da Igreja ainda no pastorado do missionário Samuel Nystron (1924 - 1930) esta abnegada serva de Deus enfrentou com as demais companheiras, tempos bem difíceis, em que eram comuns as perseguições, os insultos, as galhofas, em que até cães raivosos eram ‘estimulados’ a afugentá - las por ocasião das visitas, contudo, como acontece até hoje, ‘voltavam com alegria trazendo os seus molhos’, Sl 126.6.
Obreira abnegada e zelosa, cheia do Espírito Santo e de fé, irmã Adelaide dedicou - se integralmente à obra de Deus, servindo - O também como dirigente do Círculo de Oração e professora da Escola Dominical e conselheira, na congregação da Condor e no Templo Central.
Era mulher de oração, de uma inabalável fé e profunda comunhão com Deus, além de servir de exemplo pelo testemunho cristão evidenciado ao longo de uma vida frutífera, proveitosa e abençoada.


Maria Lúcia Fonseca