Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.
(João 12. 1 e 2).
Muitas vezes, ao longo da caminhada nos sentimos assim como que sem estímulo. As atividades da Obra do Mestre parecem rotineiras, sem graça, não é mesmo? Quem ainda não se sentiu assim uma vez ou outra, levante o dedo. Principalmente quando topamos pela frente com estas duas irmãs: Maria e Marta – que dupla! São páreo duro para nós em termos de desprendimento e dedicação! Contudo, vendo-as tão devotadas, não devemos nos deixar abater pelo desânimo. Se prestarmos atenção, perceberemos que cada uma a seu modo nos estimula com seu exemplo, a nos renovarmos no Senhor e exercitarmos nossa vocação com vigor redobrado, descobrindo a cada momento novo prazer no servir a Deus.
Acompanhando estas duas admiráveis irmãs, achamo-las, por exemplo, em Lucas 10.38-42. Personalidades tão distintas, aqui está Maria, a meiga Maria, aparentemente ‘desligada’ do dia a dia doméstico, docemente aprendendo aos pés do divino Mestre em carne e osso! Puxa, que privilégio o dela!
Cansada da rotina, amada? Paremos um pouco com ela e aprendamos a nos reabastecer nos pés do Senhor. Quem sabe aproveitar uma boa oportunidade de aprender com Jesus injeta novidades nas tarefas que desempenha, contagia os outros, impregnando-os com o suave aroma do seu vibrante testemunho (João 12.3).
Enquanto isso, Marta, a ‘agitada’ e extrovertida Marta desdobrava-se nas labutas cotidianas, afinal, alguém tinha que trabalhar naquela casa, não é mesmo? Mas vejam, coitada de Marta... Vivia reclamando, completamente estressada (Lucas 12.40-42)! Ainda bem que ela procurou saber o que Jesus achava daquilo tudo. Que lição para nós, hein?
Preciso entender que Deus quer qualidade e não quantidade. Nem sempre o que conta diante dEle é o que fazemos, mas como fazemos o que nos foi confiado por Ele.
Por Maria Lúcia Fonseca
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