Deus viu que o homem não era apenas só, era solitário
Imaginou, então, como seria a companhia ideal
A sua sabedoria trabalhou nas entranhas do seu ser
Imitando a única coisa que lhe dava eterno prazer
Notadamente a comunhão com o Filho e o Espírito
Tanto que não pegou outra vez do barro
E não pensou duas vezes, pois só tinha uma opção
Retirar de Adão um pedaço de si mesmo
No intuito de formar algo que depois se fundisse
Acabando por ser de novo uma só carne
Com a singela “imitação” da comunhão espiritual
Imitação terrena do que é celestial e eterno
Onde não se sabe o começo, ou o meio, nem o fim
Nem se cogita o andar só, mas o ser e estar afim
Algo que os céus escolheram para brindar a terra
Ligando indissolúvel o que num corpo encerra
Da costela, não do pé; do lado, não de cima
Ao lado do coração, para juntos pulsarem em sina
Mudando sempre, embora as mesmas sementes
Unindo firme e ternamente, mas interdependentes
Livres para viver e plenamente se expressar
Hoje e sempre, todo dia e sem cessar
Este é o mistério que Deus teve de escolher
Regalando a terra com a poesia de ser Mulher
Pr. Benjamin Ângelo de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário