Biblicamente falando a história de Eva ocupa um pequeno espaço nos relatos sagrados, que vai do v. 18 do segundo capítulo até o v. 2 do cap. 4, do livro de Gênesis. Desaparece do cenário assim, sem nenhuma referência sobre sua morte, nada mais. Entretanto, dela se fala até hoje. Geralmente como sinônimo de alguém facilmente sugestionável ou caracteristicamente frágil, ingênua, capaz de ‘cair na conversa’ de qualquer galante sedutor logo na primeira ‘cantada’ (Gn. 3).
Aquela que passou para a história como símbolo de frivolidade, de alguém incapaz de inspirar confiança é sim, antes de tudo, uma mulher: sedutora, bonita, cativante, inteligente, armas que lhe foram conferidas pelo próprio Criador, usadas por todas as filhas de Eva, enquanto existir este mundo, com uma eficiência de que só elas são capazes. Nossa primeira mãe, assim como o homem, mereceu uma atenção toda especial de Jeová. Sua criação foi resultado de uma constatação divina: Homem celibatário nem sempre é bom (Gn.2. 18). Formou - a o divino artífice, transformando a costela que tomara ao homem, nesse belo exemplar feminino que, de imediato causou tão funda impressão em Adão, a ponto de, rendido, constatar uma evidência definitiva para qualquer homem em relação à companheira que lhe complementa por uma vida toda: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne”, Gn.2.23.
A Queda conferiu - lhe um estigma de humilhação e sofrimento, pois, a partir de então, a mulher passou a ser a responsável por todas as dores e mazelas do mundo (II Co. 11.3), contudo, Eva, como toda a mulher que dela procederia, salta das páginas sagradas como um ser humano _ apesar de aparentemente frágil e sensível _ forte, com capacidade suficiente para saber lidar com o sofrimento de uma forma eficiente e equilibrada, porque reconhecia no “auxílio do Senhor”, a chave para adquirir qualquer vitória na vida e superar adversidades (Gn. 4.2), deixando - nos, principalmente uma lição : Vivamos na dependência de Deus!
Em, 21 de setembro de 2010
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