terça-feira, 17 de agosto de 2010

ADELAIDE CORRÊA LIMA – UMA VISITADORA PIONEIRA

É recomendação bíblica a de visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, como vemos em Tg. 1.27, tendo a igreja de Deus sempre procurado seguir esse princípio, por se constituir num dos pilares da verdadeira religião requerida por Jesus de seus fiéis.
Seguindo os passos apostólicos, a Assembleia de Deus, desde cedo procurou exercitar essa prática cristã, a partir de Belém, berço do Movimento Pentecostal no Brasil, inicialmente com missionários pioneiros, como Daniel Berg, Günnar Vingren, Samuel Nystron e Nels Nelson.
A expansão da Obra propiciou, entretanto, a que as irmãs fossem encarregadas dessa importante tarefa, que em 1926 já se encontrava bem estruturada, rendendo frutos preciosos e gloriosos, pois as servas do Senhor encarregadas desse mister trabalhavam sob o efeito da oração e do jejum.
ADELAIDE CORRÊA DE LIMA - uma dessas irmãs visitadoras - teve um encontro real com Cristo em 10 de julho de 1926, descendo às águas batismais a 05 de novembro e recebendo o batismo do alto em 24 de dezembro do mesmo ano. Falando certa feita da sua experiência de salvação, esta serva de Deus declarou ter nascido em lar não evangélico. Sendo extremamente religiosa, procurava praticar as verdades em que fora criada. Entretanto, carregava na alma uma sede, um vazio de Deus muito grande. Na busca pela verdade, acompanhava com interesse, desde 1910, com sete anos de idade, o que ouvia sobre a mensagem trazida pelos dois estrangeiros, mas não podia desobedecer ao pais. Certo dia, muitos anos depois, já adulta, não suportando mais a situação, pediu ao ‘Deus dos crentes’, que lhe mostrasse o verdadeiro caminho, pois ela queria entrar por ele. Uma noite teve um sonho. Nele via um templo de uma igreja evangélica e ouvia uma voz que lhe dizia: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, Jo. 14.6. Convicta de que ouvira orientação divina, “entregou - se a Jesus”, seguindo - O fielmente até o último dia de vida na terra.
Chamada para integrar o Corpo de Visitadoras da Igreja ainda no pastorado do missionário Samuel Nystron (1924 - 1930) esta abnegada serva de Deus enfrentou com as demais companheiras, tempos bem difíceis, em que eram comuns as perseguições, os insultos, as galhofas, em que até cães raivosos eram ‘estimulados’ a afugentá - las por ocasião das visitas, contudo, como acontece até hoje, ‘voltavam com alegria trazendo os seus molhos’, Sl 126.6.
Obreira abnegada e zelosa, cheia do Espírito Santo e de fé, irmã Adelaide dedicou - se integralmente à obra de Deus, servindo - O também como dirigente do Círculo de Oração e professora da Escola Dominical e conselheira, na congregação da Condor e no Templo Central.
Era mulher de oração, de uma inabalável fé e profunda comunhão com Deus, além de servir de exemplo pelo testemunho cristão evidenciado ao longo de uma vida frutífera, proveitosa e abençoada.


Maria Lúcia Fonseca

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